terça-feira, 21 de abril de 2009

Você, a Chuva e eu

" DEPOIS DA TEMPESTADE O CÉU VOLTA A SER AZUL,
O SOL A BRILHAR, E A MINHA POESIA A SER MAIS FELIZ..."


Era escuridão na mente


o que eu tentava entender,


mas logo ao amanhecer


tudo ficou diferente:


o seu sorriso contente


a sussurrar no ouvido


incrementou meu sentido


e o que eu toquei virou doce.


É como se você fosse terra


e eu tivesse chovido.



"ESTA CHUVA ESTÁ LAVANDO A NOSSA VIDA

ESTÁ LEVANDO VOCÊ PARA A POESIA

E ESTÁ QUERENDO ME CARREGAR"



A chuva cai como lágrimas


Meus olhos a observam pela janela


O frio me abraça, como se me consolasse,


E me envolve como se me amasse!


A chuva me contempla com superioridade


Tem o limite e o poder de ir e vir


E sabe que no meu íntimo, bem aqui,


Eu queria estar no lugar de suas águas!


Cada gota que cai é um segundo que te busco


É uma eternidade de ausência e vazio


Deixo minha mão ser tocada pela água,


E sinto meu corpo ser banhado por você!



"VOU NO VENTO

VOU NAS ONDULAÇÕES"



Vi o vento... o tempo...


A fala... a cara... a tristeza...


A dor... a sorte... a morte...


A incerteza... a indefinição... o desgosto...


A preocupação... o corte... a dor...


Dor de estar perdida, consumida pela responsabilidade dos dias


A tristeza das noites, curtas para tudo que preciso.


Tenho que viver dicotomizada.


Tenho que ser "ótima" em tudo que faço.


Sou apenas humana, reles humana.


Minhas crias molham-se na na chuva,


Resfriam-se no vento,


Perdem-se no caminho...


Qual o caminho?


Amá-los não é suficiente!


O que fazer?


Onde vamos chegar?


Esse cheiro me consome,


Destrói pelo seu poder!


Sinto-me frágil, sem saber como agir...


Se eu pudesse... carregava-te no colo...


Acariciava-te até passar tudo... tudo...


O que é tudo? Não sei, não sei.


Desejo uma luz... mesmo de lamparina.


Qualquer coisa que me mostre um caminho...


Andar, agir, seguir.


Chegar, sumir, desaparecer.


Chega, cansei de chorar!


De lutar... de querer...


De viver... estou exausta...


Dominada e impotente.



"A TEMPESTADE QUE CHEGA É DA COR DOS SEUS OLHOS CASTANHOS"