coexisto
no epicentro latente do caos
ignoro a multidão
estou só no torvelinho
do aqui e agora
copulo
na maré vazante dos conflitos
abuso do tempo
e já não sei dos barcos
das pontes dos peixes
coabito
na órbita prematura das perturbações
penetro no acaso
que tece a malha confusa
de meus dias sombrios
coagulo
no equinócio mecânico das frustrações
arrasto o vazio
sigo eu
e meu velho desespero.