Felizes as pessoas, são todas felizes
janelas por brilhar nos prédios, que são vidas
distantes a luzir, são vidas refletidas,
são belas fantasias, são todas boas atrizes.
Mas neste mundo cinza imerso em pesticida,
as luzes por brilhar são todas meretrizes
perdidas, se cortando, escondem cicatrizes
fugindo do terror de serem percebidas.
É tudo propaganda, entenda a brincadeira,
são proles ao cantar o fel mais hedonista,
sorriso de amarela estampa corriqueira.
As luzes a encantar são apenas... é só luz!
que ainda vai apagar, sumir vai... da vista!
Tal vida que está lá e no fim nada produz.