sexta-feira, 17 de abril de 2009

Entre Máscaras


Sim, eu me escondo em máscaras!

E não me importo com o que você pensa disso.

Eu sei que preciso delas para viver neste mundo

que tanto me fere a alma.

Esse mundo que esquece

que dentro desse peito bate um frágil coração poeta

que só lhe pede um pouco de amor.



Uso máscaras porque por detrás delas

eu choro, grito, sofro e ninguém vê nem ri

dos meus desatinos e devaneios de mulher.



E não me venha com a hipocrisia

de dizer que eu deveria expor meus sentimentos,

porque eu os expus tantas vezes para você

e só levei feridas de volta.

Fostes o primeiro a atirar-me a pedra

quando vacilei entre ir e ficar.



Sei que me dirás que sou covarde me escondendo.

E talvez eu seja mesmo.

Mas, prefiro a minha covardia consciente

a uma coragem fingida e frágil.



Sim, eu me escondo em máscaras!

E ando pelos cantos das ruas,

me refugio na noite, habito na escuridão.

Fiz da Lua minha amiga

e converso com estrelas.

O orvalho me beija o corpo

e o mar lambe minha pele.

Meus amantes!



Sim, me escondo em máscaras.

E já nem lembro que rosto é o meu.

Se o que ri ou se o que chora.

Se o que mostra ou o que esconde.

Se o que ama ou o que amaldiçoa...