terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Suspenso

Os dados foram jogados, mas nunca chegamos a ver o resultado. Eles não caíram.
Surpreende-me o barulho no celular e a caixa de diálogo. Respirei.
Pensei em tudo e em nada e me dei conta do quanto senti falta de ter os dados na mão. 
E percebi o quanto eles pesavam.
Olho para o lado e sorrio. Estou mais leve. Mais feliz. É tudo tão mais simples.
A luz incide sobre a mão que descreve um arco perfeito até a mecha solta, agora devidamente presa atrás da orelha. O sorriso que aparece aquece o gelo que se formou automaticamente.
Tenho o necessário. Sem terceiros andares e labirintos. Tenho paz. Reservada pelos dados que mudaram de cor continuamente e hoje são transparentes.
Respeitei e engoli toda a humilhação.
 Essa não foi minha escolha.