segunda-feira, 1 de junho de 2009

Minha Última Lágrima

Melhor seria se eu pudesse ver;
Intuição não faz muito sentido.
No escuro, todos são iguais.

Havia quem me guiasse.
Amigos nunca faltaram;
Único momento de alegria.

Letal é a certeza do vazio.
Todos sentimos isso um dia.

Imponente é o estado de defesa,
Mazela natural de qualquer ser vivo.

Aparece uma poça: Lágrimas por mim derramadas.
Através delas, me compadeço.

Gritaria se tivesse voz;
Ressurgiria das cinzas se tivesse forças.
Impressionante é o fim quando está próximo...

Minha última lágrima,
Amorteça todo o meu sofrimento.

Almas Pervertidas

Passos passageiros, compassados
feito um formigueiro em seu compasso
vão-se os passageiros agrilhoados.
Com seus familiares, em seus traços.
Vem nova remessa, sem espaço
vem mais de centenas desgraçados
por suas sinas de embaraços
com os seus problemas machucados.
Almas revoltadas na tormenta,
almas dos aflitos no universo,
ciclos corrompidos por seus vícios.

Boêmio

Vives envolto de amigos, de vozes;
nos bares cercado de gente.
Festas infestas, no vulto bem foges
da solidão, da verdade e sua mente.

Vives em grupos cercados de dentes,
todos falando e falando, são algozes
dos pensamentos que expurgas contente.
Teme o escuro e os seus tormentos atrozes.

Sorrindo e amando seguir multidões,
os clãs seletos, quaisquer variações
consomes só, meu Boêmio Estandarte.

E se o silêncio ressurgir violento,
assomará teus demônios - teu tormento,
os teus pecados e quem te tornastes.