terça-feira, 26 de maio de 2009

Rei da tristeza

Choro as lágrimas de todo mundo
Na nossa guerra interior
Eu morri na outra noite
E aquelas reminiscências de alegria e tragédia
O que devo fazer com elas?

Quero lhe dar uma sopa para aquecer sua alma
Mas nada vai mudar não vai mudar mesmo
É só mais um dia para tudo recomeçar
Só mais um dia e nada acontece de bom

O DJ toca a mesma canção
Tenho tanto a fazer
Tenho de seguir em frente
Será que esta amargura vai me largar um dia?
Me sinto o rei da tristeza
O rei da tristeza

Acho que eu poderia sumir daqui
Vou estragar meu futuro se eu ficar?
É só mais um dia para tudo recomeçar
Só mais um dia e nada acontece de bom

O DJ toca a mesma canção
Tenho tanto a fazer
Tenho de seguir em frente
Será que esta amargura vai me largar um dia?
Me sinto o rei da tristeza
O rei da tristeza

Choro as lágrimas de todo mundo
Já paguei pelos meus pecados futuros
Não há nada nem ninguém
Que possa me livrar disso
É só mais um dia e nada acontece de bom

Eu sou o rei da tristeza, sim
Rei da tristeza
Eu sou o rei da tristeza, sim
Rei da tristeza...


De: Sade

sábado, 23 de maio de 2009

Verso Meu

Ó, verso meu, de formas inexatas,

De esboços opulentes e em vagos rumos,

De perigos profanos, de ufanas palavras.

Verso meu, que roto se desnudou, contudo.

Versos que das mãos tão perfumadas,

Pelos lânguidos passos se dissiparam.

Chorei um mar de orações sagradas,

Para limpar do tempo os meus olhos que amaram.

E do corpo doente a insensatez do mundo!

Eu queria agora ser como a taça de cristal,

E tilintar meu sorriso com a bela lavra.

Chorar, gritar, gemer, sem as travas.

Dos antigos momentos num timbre mortal,

Coser meus sonhos mais desnudos!

Camafeus

O vento retorna

Suave aroma de flores

Boa noite!

Floresta escurece

Anoitece!

Os vaga-lumes iniciam uma festa

A lua torna-se real

Redondamente gorda

Amarelamente encantada

Inconstante.

A lua inicia seu momento solitária

Surge um pressentimento, desilusão

A escuridão revela seus segredos

Medos! Medos!

Efêmero como o serpentear incoerente

Por traz dos véus, cristalizam-se os vaga-lumes

Caem sobre a terra, sonhos

Telas sobre tela, tintas perdem o tom

A noite dos pensamentos flutuantes

Confuso no espaço vazio

Qual mar, pesam em salgar

Pensamentos padecem sob a escuridão

Versos são lidos,

Por vozes, combatidos.

- O que são versos senão ventos?

O vento retorna

Suave aroma de flores

Versos jogados ao léu

A lua começa seu momento solitária

Poemas perdidos

Troféus desperdiçados

Desfazem-se.

O mundo mágico se finda

Aos pés de narcisos

Que dançam sozinhos a sinfonia do eu

Cristalizados em camafeus.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Aprendiz

Sou de mim esse próprio núcleo

único de platéia

que se joga ao delírio das vaias

torcendo para entrar em cena

abandonando o palco e

assistindo a todo esse espetáculo

num camarote escondido

de alguém que espera pelo que

um dia mostrará o que há

de ser o meu caminho

e colocará cenário em meu monólogo

música em meus versos de fim de noite

e abrirá finalmente as cortinas

para essa pequena aprendiz...

Ninho das Vespas

Nas alavelas cuspo, não me importo
Co’as maquiavélicas maquinações.
Todos abutres, cheiro nem suporto
Todos se nutrem d’outras sofridões.

Eu não me importo, sigo meias razões
Num matadouro vivo, com os mortos
Tenho descanso, volto em gerações,
Subo caveiras; sóbria, me conforto.

Pras alavelas, pouco me lixando
Tantas pessoas vivendo se matando,
Nessas intrigas, ninho de feridas.

E caminhando dentre a orla pútrida,
Talvez estoure alguém! Vem-me a dúvida...
Que alguém tire minha vida!

Fim

Tudo tem seu fim na corda do relógio,
um desmerecido preço em purgatório,
d'uma mesmerice pena para todos:
todos os colonos mais os visigodos,
todos sem terras, casas e horizontes;
eu desejarei saber detrás dos montes!
Dos antepassados mortos, se existiram,
as mais vergonhosas burras marmeladas.
Para compreender de fato as coordenadas,
para perseguir aqueles que já partiram.
Ponto! Tudo acabou não tem mais volta.
Nada! Tudo se fora! Que me importa!
Tudo gira e desanda como antes,
vermes ainda são velhos rastejantes
e devem... Deus! Devorar meus sentimentos,
tudo deve acabar no seu momento...
Eu queria voltar no tempo...

Palavras Trancadas

Prometa-me que chorarás sobre mares cinzentos, que não mais irás embora e que terás sentimentos. Que amanhã estarás de volta, como em todos os dias e que sempre se importarás com quem tanto quer. E que nunca tomarás da verdade a frieza e pensarás em seguir correntezas; o mundo girando não deseja perdê-la!
(...)
Esperar-te-ei no meu céu sem estrelas...

Apatia

Andas em círculos, foi se perder
nesta rotina almeja sei lá o quê
sabe não! Esquece do seu querer
mas nem se lembra de quem é o quê.
Sonha e re-sonha sonho a se esquecer,
quando se acorda e logo o sol se vê.
Sabe que algo vai esvaecer.
Sabe que algo tem, mas não se vê.
Franje sua testa, tenta se entender;
quer compreender a causa d'aflição,
quer é reter a idéia com a sua mão.
Mas não percebe que seu esmorecer
é a sua existência em decomposição
são seus ponteiros fracos na exaustão.

Mais um dia!

Mais um dia miserável para a maioria dos lúcidos.
Mais um dia antes de morrer.
Mais um dia para que se olhe no espelho e se deprima com a própria mediocridade.
Mais um gole de desesperança no dia que amanhece.
Mais um dia para superar a vontade de apertar o gatilho e mandar tudo para os ares.
Mais um dia para dizer aos intelectuais que eu cuspo, escarro, vomito em cada uma de suas regras de moral e conduta.
Mais um dia para encarar meus olhos e ver toda minha crueldade, angústia, dor, saudade, esperança.
Mais um dia para carregar todas as minhas culpas.
Só mais um dia de rotina.
Só mais um!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Direito de Partir


Vá! Mesmo consentindo o que não quero,

Seja feliz. E é isso o que mais espero.

Ainda que se esvaia meu coração sincero,

quando se parte, sem lhe querer deixar.


É, vá! Tens o direito de tomar

Teu rumo, sou consciente e sei que me acostumo,

preparando um desenho de flores que perfumo,

juntando pétalas caídas no estradar.


Vá! É uma nova vida. Um recomeço.

Estrada limpa,rota sem tropeço,

Incluindo um lar, um novo endereço,

Com novos sonhos e novas sensações.


Um renascer de quem nunca esteve morta,

buscando o abrir de uma nova porta que

ilusoriamente lhe transporta

à possibilidades de outras paixões.


Vá! Todos nós temos razão.

Os que ficaram. Também os que irão.

Os que dizem sim, os que dizem não.

Mas corajosamente ousam se decidir.


Vá! Mas ao chegar, olhe para trás,

pois nem tudo aquilo que nos satisfaz

nos conduz à tão buscada e esperada paz,

sobretudo para àqueles que teimam em partir.

domingo, 17 de maio de 2009

Quando Você Vai Embora


Eu sempre precisei de um tempo sozinha

Eu nunca pensei que precisaria de você

Quando eu choro

E os dias parecem anos

Quando eu estou sozinha

E a cama onde você deitava

Está arrumada do seu lado

Quando você vai embora

Eu conto os passos que você dá



VOCÊ VÊ O QUANTO EU PRECISO DE VOCÊ AGORA?



Quando você se vai

Os pedaços do meu coração sentem a sua falta

Quando você se

O rosto que eu cheguei a conhecer se perde também

Quando você se vai

As palavras que preciso ouvir pra sempre me fazer superar o dia

E fazê-lo ficar bem



EU SINTO A SUA FALTA

EU NUNCA TINHA ME SENTIDO DESSA FORMA ANTES



Tudo que eu faço

Me lembra você

E as roupas que você deixou,

elas estão espalhadas pelo chão

E elas cheiram igual a você

Eu amo as coisas que você faz

Nós fomos feitos um para o outro

Eu guardarei para sempre

Eu sei que fomos

Tudo que eu sempre quis foi que você soubesse

Tudo que eu faço eu dou minha alma e coração



EU MAL CONSIGO RESPIRAR

EU PRECISO TE SENTIR AQUI COMIGO



Quando você se vai

As palavras que preciso ouvir para sempre me fazer superar o dia

E fazê-lo ficar bem



EU SINTO A SUA FALTA
De: Avril Lavigne

quinta-feira, 14 de maio de 2009

MEU MUNDO e MEU TUDO!


INOCENTE É O OLHAR QUE OBEDECE A IMPOSIÇÃO DO CORAÇÃO. SEM DEFESA, SEGUE A LEI IMUTÁVEL. UM OLHAR QUE CONTÉM AMOR SÓ PODE ENXERGAR A QUEM AMA E AMA EM CONDIÇÕES DE VIDA OU MORTE... MEU MUNDO E MEU TUDO!


terça-feira, 12 de maio de 2009

My Immortal


I'm so tired of being here

Suppressed by all my childish fears

And if you have to leave,

I wish that you would just leave

'Cause your presence still lingers here

and it won't leave me alone

These wounds won't seem to heal

This pain is just too real

There's just too much that time cannot erase


When you cried I'd wipe away all of your tears

When you'd scream I'd fight away all of your fears

And I held your hand through all of these years

But you still have all of me


You used to captivate me by your resonating light

Now I'm bound by the life you've left behind [never]

Your face it haunts my once pleasant dreams

Your voice it chased away all the sanity in me


These wounds won't seem to heal

This pain is just too real

There's just too much that time cannot erase

When you cried I'd wipe away all of your tears

When you'd scream I'd fight away all of your fears

And I held your hand through all of these years

But you still have all of me


I've tried so hard to tell myself that you're gone

But though you're still with me

I've been alone all along


When you cried I'd wipe away all of your tears

When you'd scream I'd fight away all of your fears

And I held your hand through all of these years

But you still have all of me



Eu te amo, eu te amo!

(Sem excessões ou prerrogativas!)

Com amor,

Baby.

sábado, 9 de maio de 2009

Teorema

*Legião me inspira...

Não vá embora
Fique um pouco mais
Ninguém sabe fazer
O que você me faz
É exagero
E pode até não ser
O que você consegue
Ninguém sabe fazer.
Parece energia mas é só distorção
E não sabemos se isso é problema
Ou se é a solução
Não tenha medo
Não preste atenção
Não dê conselhos
Não peça permissão
É só você quem deve decidir o que fazer
Pra tentar ser feliz
Parece energia mas é só distorção
E parece que sempre termina
Mas não tem fim
Não vá embora
Fique um pouco mais
Ninguém sabe fazer
O que você me faz
É exagero
E pode até não ser
O que você consegue
Ninguém sabe fazer
Parece um teorema sem ter demonstração
E parece que sempre termina
Mas não tem fim.

Por Enquanto


Mudaram as estações

E nada mudou

Mas eu sei

Que alguma coisa aconteceu

Está tudo assim tão diferente...

Se lembra quando a gente

Chegou um dia a acreditar

Que tudo era pra sempre

Sem saber

Que o pra sempre

Sempre acaba...

Mas nada vai

Conseguir mudar o que ficou

Quando penso em alguém

Só penso em você

E aí então estamos bem...

Mesmo com tantos motivos

Pra deixar tudo como está

E nem desistir, nem tentar

Agora tanto faz

Estamos indo de volta pra casa...

Legião Urbana

É só isso que passa pela minha cabeça.
Andrea Doria

Às vezes parecia
Que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos
Tão certo...
Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços
De vidro...
Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente
Quase parecendo te ferir...
Não queria te ver assim
Quero a tua força
Como era antes
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada...
Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria
Um livro aberto...
Até chegar o dia
Em que tentamos ter demais
Vendendo fácil
O que não tinha preço...
Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém
Com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim...
Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada
Que eu segui
E com a minha própria lei...
Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como sei que tens também...


Quase sem querer

Tenho andado distraído
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso
Só que agora é diferente
Estou tão tranqüilo
E tão contente...
Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém
Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira
Mas não sou mais
Tão criança, oh! oh!
A ponto de saber tudo...
Já não me preocupo
Se eu não sei por que
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê
E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu vejo
O mesmo que você...
Tão correto e tão bonito
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos
Sei que às vezes uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?
Me disseram que você
Estava chorando
E foi então que eu percebi
Como lhe quero tanto...
Já não me preocupo
Se eu não sei por que
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê
E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu quero
O mesmo que você...
Oh! Oh! Oh! Oh!...

Tempo Perdido
Todos os dias quando acordo
Não tenho mais
O tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo...
Todos os dias
Antes de dormir
Lembro e esqueço
Como foi o dia
Sempre em frente
Não temos tempo a perder...
Nosso suor sagrado
É bem mais belo
Que esse sangue amargo
E tão sério
E Selvagem! Selvagem!Selvagem!...
Veja o sol
Dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega
É da cor dos teus olhos
Castanhos...
Então me abraça forte
E diz mais uma vez
Que já estamos
Distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo...
Não tenho medo do escuro
Mas deixe as luzes
Acesas agora
O que foi escondido
É o que se escondeu
E o que foi prometido
Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido
Somos tão jovens...
Tão Jovens!
Tão Jovens!...

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Garranchos

Nas singelas mãos dos pequeninos,
delicados dedos mal se movem,
segurando crayons, na cartolina.
Concentrados olhos, esses meninos
bem laboram coisas que absorvem
misturando cores que os fascinam.
Rabiscam, rasgam, se lambujam,
andam, perdem, quebram um giz,
quebram todos, comem alguns.
E das cores usam bem abusam
com os olhos feito um aprendiz
fascinado em tudo e em qualquer um.
Desenhando linhas, vem desenhos,
vão montando mundos insondáveis
vão formando fundos pensamentos.
Giz de cera arranham com empenho
das infâncias findas e intocáveis,
como tantos anos derretendo...
Doze cores, todas na caixinha,
são mais belas juntas que sozinhas,
são mais belas as novas que as usadas...
E o desenho em traços garranchosos
mesmo sendo estranhos e horrorosos
são as mais puras obras desenhadas!


Para a minha prima Jô.