quarta-feira, 15 de julho de 2009

Tempestade

Hoje, permitirei o choro.
Não esconderei meus sentimentos ou fingirei que tudo está bem.
Hoje, gritarei e quebrarei os móveis.
Permitirei a paralisação; não sentirei nada.
Simplesmente jogarei tudo fora.
Sem medos, sem reservas.

Deixarei que a loucura invada a minha razão.
Serei medo, serei grito.

Hoje, não importa quem está aqui,
Não importa quem encontrarei
Ou quem por mim espera...
Hoje não importa o tempo, as palavras, o carinho.

Deixarei que a chuva me molhe,
Que o silêncio me cale,
Que a dor me faça chorar.
Sentirei raiva, melancolia, aflição...
E não me culparei por isso.

Serei eu; um barco a navegar em meio à tempestade.
Já não há o que dizer, o que fazer, o que querer...

E depois,
Ah... o depois!
O depois será quieto, o céu se abrirá,
A tempestade cessará.
Arrumarei meus destroços
E perceberei que sobrevivi
A mais uma tempestade dentro de mim.