Um mundo escuro, sem futuro
bem rege os erros que me cercam
sem ar no vasto me esconjuro,
sem voz revolto ao que disseram...
Sem ar, sem cor, sem voz no escuro
sem velhos sonhos; a sós me velam.
Se ter um Dom ao qual procuro,
sem ter segredos que me esperam...
Um cinza em fel, d'um amargor,
que piso cada dia enfim...
Diante e só, só para mim...
Um mundo vão, com seu torpor,
e cada vez que piso ao léu,
minh'alma sangra o azul do céu!