sexta-feira, 10 de julho de 2009

Do Nada ao Tudo

...Hoje vejo que sou meramente Nada,
Um Nada aprendendo Tudo,
Absorvendo o mundo,
Achando caminhos...
Foram-se meus dias de Inverno,
De auto-proteção,
De refugiar-me em mim mesma,
De omitir das minhas veias
O fogo que corre no meu gelo.
Com toda a tua gentileza
Retiraste a carapuça dessa Ermitã,
Fizeste-me Fogueira...
Liquidifiquei-me:
Do gelo efêmero ao vapor.
Do líquido ao fogo,
Tuas palavras ali,
Derretendo minha geleira,
Aquecendo o meu Inverno
Com fogo,
Com amor.
Do Nada ao Tudo.
Preciso de ti.