Ó, verso meu, de formas inexatas,
De esboços opulentes e em vagos rumos,
De perigos profanos, de ufanas palavras.
Verso meu, que roto se desnudou, contudo.
Versos que das mãos tão perfumadas,
Pelos lânguidos passos se dissiparam.
Chorei um mar de orações sagradas,
Para limpar do tempo os meus olhos que amaram.
E do corpo doente a insensatez do mundo!
Eu queria agora ser como a taça de cristal,
E tilintar meu sorriso com a bela lavra.
Chorar, gritar, gemer, sem as travas.
Dos antigos momentos num timbre mortal,
Coser meus sonhos mais desnudos!