Sou de mim esse próprio núcleo
único de platéia
que se joga ao delírio das vaias
torcendo para entrar em cena
abandonando o palco e
assistindo a todo esse espetáculo
num camarote escondido
de alguém que espera pelo que
um dia mostrará o que há
de ser o meu caminho
e colocará cenário em meu monólogo
música em meus versos de fim de noite
e abrirá finalmente as cortinas
para essa pequena aprendiz...