quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Tardes de Inverno

Flores e árvores quietas
Ao som do silêncio apagado
Nas cores mornas de um dia tão frio
Pela luz fraca dessa rotina
Palavras secas como folhas de outono
No frio constante de tardes de domingo
Pela pacata atividade de me entreter
Pensar, e somente prever o olhar
Olhar para a vida parada
Distante, acomodada e farta
Às vezes com calma, temendo ao fracasso
Às vezes impaciente, dando longos passos
Mansas tardes de inverno
Onde me ponho a entender
Coisas que a vida insiste em me falar
Por meio de palavras mudas
Pensando em textos de auto-ajuda
Uma dose de tudo para me esquecer
Do desgastante vício de mergulhar no meu infinito pesar.