quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A Bailarina

São sardas de fogo numa noite sem estrelas.

A pequena bailarina dança em meio a turba confusa de vidas;

Ela dança envolvida em um silêncio de mundo com seus gestos e formas.

É ela apenas um facho de sonho perdido, na festa que o breu contorna.

Sozinha no vasto de um céu em meio a tantas luzes apagadas por sóis.

Só e sozinha no vasto de um céu qualquer, que a envolve em sóis e no breu a deforma.

São sardas de sonhos em uma noite eterna, dançando feliz numa festa fútil;

É só a vida de alguém afogada em vidas...

Uma menina alegre, que transparece e aparece nos meus olhos ofuscados;

Ela é como um farol vivo, como girassol.

É estrela que brilha longe e tão terna, distante desse mundo que a envolve tão inútil.

É uma estrela que brilha tão forte que se esgota e se apaga, esquecida, como um sol que abandona todo aquele Mundo que um dia iluminou.

O Mundo que um dia desejou.