São sardas de fogo numa noite sem estrelas.
A pequena bailarina dança em meio a turba confusa de vidas;
Ela dança envolvida em um silêncio de mundo com seus gestos e formas.
É ela apenas um facho de sonho perdido, na festa que o breu contorna.
Sozinha no vasto de um céu em meio a tantas luzes apagadas por sóis.
Só e sozinha no vasto de um céu qualquer, que a envolve em sóis e no breu a deforma.
São sardas de sonhos em uma noite eterna, dançando feliz numa festa fútil;
É só a vida de alguém afogada em vidas...
Uma menina alegre, que transparece e aparece nos meus olhos ofuscados;
Ela é como um farol vivo, como girassol.
É estrela que brilha longe e tão terna, distante desse mundo que a envolve tão inútil.
É uma estrela que brilha tão forte que se esgota e se apaga, esquecida, como um sol que abandona todo aquele Mundo que um dia iluminou.
O Mundo que um dia desejou.