Às vezes a vida nos apronta...
Então, ela chega bem ligeira
E quando menos se dá conta,
A decepção é a companheira.
Se instala pedindo licença,
Dizendo ser sábia conselheira.
Reavivando com sua presença
Velhas intuições bem certeiras.
Nos mostra que os desenganos
Permitimos quando carentes.
Sem olhar debaixo dos panos,
Nos deixamos levar pela corrente.
Quantas vezes antes dela chegar,
Sentimos que algo está errado.
Alguma coisa fora de lugar
Mas insistimos pondo de lado.
Assim, não é a vida que nos apronta
São os devaneios e a teia de ilusão
Permeados de desejo e ânsia tonta
Que abrem morada à decepção.