Faz tempo que estou aqui,
olhando o abismo.
Há algo que me impede de pular,
de ir embora.
Há tempos viver tornou-se apenas um fardo.
Não tenho o que quero
não sou quem quero ser
não estou aonde quero estar.
As vezes perco a vontade de falar.
Estou encolhendo.
Em alguns momentos
percebo a vida escorrendo entre os dedos,
quando levanto para trabalhar
para estudar
para fazer o que faço apenas por sobrevivencia.
Mas para uma existencialista,
viver apenas não é o bastante.
Aos poucos,
percebo que sou uma colher
sendo usada para abrir uma porta;
fora do seu contexto
do seu lugar certo.
E se em algum tempo
eu não for para o meu lugar,
não haverá motivos para estar aqui.
Em todos esses anos
fui apenas uma sombra;
e se continuar assim
irei parar de resistir
e pularei no abismo.
Não estou feliz por escrever estas linhas
mas faz tempo que estou gritando por dentro.
Talvez,sejam estas as ultimas linhas.
olhando o abismo.
Há algo que me impede de pular,
de ir embora.
Há tempos viver tornou-se apenas um fardo.
Não tenho o que quero
não sou quem quero ser
não estou aonde quero estar.
As vezes perco a vontade de falar.
Estou encolhendo.
Em alguns momentos
percebo a vida escorrendo entre os dedos,
quando levanto para trabalhar
para estudar
para fazer o que faço apenas por sobrevivencia.
Mas para uma existencialista,
viver apenas não é o bastante.
Aos poucos,
percebo que sou uma colher
sendo usada para abrir uma porta;
fora do seu contexto
do seu lugar certo.
E se em algum tempo
eu não for para o meu lugar,
não haverá motivos para estar aqui.
Em todos esses anos
fui apenas uma sombra;
e se continuar assim
irei parar de resistir
e pularei no abismo.
Não estou feliz por escrever estas linhas
mas faz tempo que estou gritando por dentro.
Talvez,sejam estas as ultimas linhas.