sábado, 12 de setembro de 2009

Eterna Fronteira

Que a perigosa fronteira
Entre felicidade e morte em vida
Permita-me defrutar deste singular estado desconhecido.
Embora ainda incompleto,
Sinto um pouco de vida externa querendo pulsar.
Esta vida chama-me para a luz, embora uma luz fraca
Enfadonha e sonolenta.
Uns primeiros raios penetrantes revelam a desordem conseguida:
O desleixo por tudo que não seja nada além de ti.
Os olhos ainda ardem pela sentença imposta;
As mãos permanecem trêmulas como um frágil ramo ao vento.
Todos os ciclos dos sentimentos amarrados por tua essência.
Permanecem em voltas completas, apesar de algumas emoções corroerem as bordas.
As passagens entre as suas visitas e ausências ainda sufocam.
Um íntimo impulso perdura incessávelmente e alguns pensamentos induzem
O renovar de algumas esperanças.
Triste contemplação...
É tua distante aura de névoa.
Meus braços ainda anseiam por guardar-te
Na mais absoluta certeza de felicidade.
Clamo em silêncio
Por algo maior que não compreendo.
Simplesmente estar em teus olhos
E permanecer na mais eterna totalidade do Ser.