terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Dançando

"Foi por causa desse dia, no verão de 2008 que eu escrevi a letra de Dançando. Um boteco de esquina e amigos ao redor. Ao longo dessa tarde de domingo, eu, cética e cínica por natureza enxerguei beleza na simplicidade, finalmente.  A sensação era de que se o mundo acabasse naquele dia eu estaria feliz e dançando ebriamente com os meus amores naquela mesma esquina."

PS- Achei aqui o dia exato em que postei sobre isso nos idos de 2008, e no textinho já tinha a pista do que, um tempo depois, viraria música.
(Pitty)


Verão do amor de 68 em 2008

"não se esqueça daquela esquina
 nem da flor no cabelo da menina
 os tragos e as risadas enfim
 se domingo é uma sina
 no nosso lote nem precisa piscina
 basta ter vocês só pra mim
 love mi friends..."

DANÇANDO

Eu sei que lá no fundo
Há tanta beleza no mundo
Eu só queria enxergar

As tardes de domingo
O dia me sorrindo
Eu só queria enxergar

Qualquer coisa pra domar
O peito em fogo
Algo pra justificar
Uma vida morna

O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando com você(2x)

Não esqueço aquela esquina
A graça da menina
Eu só queria enxergar

Por isso eu me entrego
À um imediatismo cego
Pronta pro mundo acabar

Você acredita no depois?
Prefiro o agora
Se no fim formos só nós dois
Que seja lá fora

O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando com você(2x)

sábado, 26 de novembro de 2011

Impensado

Todas as suas mentiras...
Há um motivo para tais
Obscuros seres existirem...
Um mundo de peças encaixadas
Gozando de toda subsistência.

Herdeiros são o que há de melhor.
Travam batalhas por nada...
Liberdade é apenas conseqüência;
Engana-se quem acredita que a possui.
(...)

Se soubessem o que é o ódio,
Saberiam o que é o amor.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

130 Anos

Caro é transformar-se num arremedo de si próprio a ponto de nem se reconhecer mais
Hoje eu tenho 130 anos, isso não estava nos meus planos
Você sabe, a desordem é tenaz.

Tantos laços, tantas amarras
Os controles, pretensões
Nada adianta se o vento não soprar

Esse vento sob minhas asas,
Eu não mando mais em nada.
Sei que é alto, mas eu vou pular

O que todos vão dizer
E aonde vão chegar
Nem os olhos podem ver

Decidido, eu não volto pra casa
Ao lar, ao corpo e todas as palavras
Que a vontade, conseguir pensar.

Segue o vento sob minhas asas
Eu não mando mais em nada
Sei que é alto mas eu vou pular

O que todos vão dizer
E aonde vão chegar
Nem os olhos podem ver


By: Agridoce

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Além de mim

Hoje não quero pensar
Pensar me enlouquece
Quero apenas me perder
No sentir
O sentimento mais puro
Mais sutil que o ar
Mais diáfano que o véu
Talvez voar
O vôo mais rasante
Ou talvez mais alto
Além das nuvens
E num instante
Além do céu
Além de mim...

Mágoas Caladas

Eu hoje solucei minhas mágoas
Amaldiçoei sua frieza
Estampada num rosto
Que já não tinha certeza

Quis esquecer todos os infortúnios
Marcados nos olhos cansados
De olhar  histórias rasgadas
De abrigar sorrisos forjados.

Me joguei nos trilhos da vida
Atropelei-me em letras confusas
Reli de meu conto a frase mais querida.
Me flagrei a soluçar cansada das palavras.

Então calei minhas mágoas
Nesses soluços marcados no olhar
Lavou-me a alma sedenta
Quis então esquecer para não mais chorar.



Lágrimas

Choro, me afogo em lágrimas
É meu rio, meu abismo, meu mar
Que rabisca ondas nas entrelinhas
De minhas palavras latejantes
De meus sonhos ainda a caminhar.

O mar de meus olhos
Tem gosto do sal
Em notas de canção
Fere minha saudade, minha face,
Falta-me o sorriso, choro de solidão.

Canto, me perco em canções
È minha saudade, meu sal, meu alento
Que me traz o insólito gosto de lembrar
De  minhas belas memórias
De meu mais tórrido pensamento.

O sal de minha boca
Tem o gosto da canção
Molhada  de lágrimas
Fere minha saudade, meu peito...
Falta-me o ar, pulsa o coração.

Sofrimento

Não há viver sem dor
Algo que mata, dilacera
Sofrimento, desamor
Ser imune eu quisera.

Mas não há vacina eficaz
Que nos livre dessa doença
Todo esforço é em vão, desfaz
Toda a chance, toda crença.

Não,não quero ser pessimista
Apenas encaro a realidade
Sou uma vivente realista.

Não fujo de meu destino
embora o deseje diferente
Mesmo que seja um vão desatino.

E por falar em saudades...

E por falar em saudades vivo a sentir
Sua doce presença na sombra da noite
Qual vento que passa em leve açoite
E na orla do dia voar sem sumir.

És anjo? Não sei, mas tens a brancura
Da neblina forjada no meu amanhecer
Do meu corpo sedento de tanto querer
Arde o desejo, me perco em loucura.

Clamarei, oh! saudade! Destino maldito
Que invadiu minha vida sem eu temer
Sentir suas sombras eu já não resisto

Saudade, oh! dor! Já a ti  não suporto
Sem o anjo orvalhado de minha manhã...
Seguro seu manto, aonde me aporto.

Meu Eu Em Mim

Não falo de mim
Falo do eu que está aqui dentro
Que me faz olhar pela vidraça
E  ver além das míninas gotas de chuva
A cair no asfalto

Não falo de mim
Falo do eu que quer sair por ai
Que me faz olhar o tempo
E  ver além de suas marcas profundas
Na pele cansada

Não falo de mim
Falo do eu travestido de máscaras
Que me faz olhar a alma
E  ver além do que tenho sido
E me despir

Não falo de mim
Falo desse eu desnudo que mira-se
No espelho da alma
E não vê senão um véu
Que cobre o seu ser.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Atitudes

Fiz os meus votos de mudança
e recuperarei o tempo já perdido,
reacenderei na minha vida a esperança
e pintarei de novo o sonho esmaecido.
São as resoluções que faço agora
como se fosse um dia de Ano Novo,
em que varro a saudade porta a fora
e os móveis de lugar troco de novo.
Ser outra pessoa, esquecer aquela,
pois achei alguém que amor me tem
e abri meu coração, pedindo àquela
que a uma outra mulher se dedicasse,
porque afinal, pra que o futuro venha
é indispensável que o passado passe.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Fique {Stay (Faraway, So Close!)}

Luz verde, sete e onze
Você pára
para comprar um maço de cigarros
Você não fuma,
e nem quer
Ei, agora confira o seu troco
Vestida como um acidente de carro
As rodas estão girando
Mas você está de cabeça para baixo
Você diz que quando ele te bate,
Você não se importa
Porque quando ele te machuca,
Você se sente viva
O que é isso?

Luz vermelha, manhã cinzenta
Você desvia
De um buraco no chão
Um vampiro ou uma vítima?
Isso depende de quem está ao redor
Você costumava ficar
Para assistir as propagandas
Você poderia dublar
Para os "talk shows"
E se você olha,
Você olha através de mim
E quando você fala,
Não é para mim
E quando eu te toco você
Você não sente nada

Se eu pudesse ficar...
Então a noite a deixaria
Fique,
E o dia manteria a sua confiança
Fique,
E a noite seria o bastante

Tão longe, tão perto
Alto, com as ondas elétricas e de rádio
Com televisão via satélite
Você pode ir a qualquer lugar
Miami, Nova Orleans,
Londres, Belfast e Berlim
E se você escuta,
Eu não posso chamar
E se você salta,
Você apenas cai
E se você grita,
Eu irei apenas te ouvir

Se eu pudesse ficar...
Então a noite a deixaria
Fique,
E o dia manteria a sua confiança
Se eu pudesse ficar
Com os demônios que você sufocou
Fique,
Com o espírito que eu achei
Fique,
E a noite seria o bastante

Três horas da manhã
Está silêncio e não há ninguém por perto
Apenas o estrondo e a explosão
Como se um anjo viesse em direção ao chão
Apenas o estrondo e a explosão
Como se um anjo batesse no chão
 
By: U2

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Verdadeiro Sentido

O mundo anda ao avesso
tornando confusas as coisas que conheço
largando pelo meio do caminho a fé, a esperança
e deixando o desespero.

As palavras andam apagadas
pois  nas estantes os livros e as histórias
permanecem intáctos.

Esqueci parte da lembrança
onde guardei meus sonhos e, por muito tempo,
adormeci e não tive pressa de acordar.


Perdi algum tempo,um longo tempo, tentando me lembrar
aonde é que foram parar todas as coisas que me moviam,
que me faziam caminhar, sorrir, tocavam a alma...
sequer tive tempo de despedir-me delas.

Hoje escrevo incessantemente.
Quero encontrar, talvez no meio dessas linhas tecidas de sentimentos confusos,
o verdadeiro sentido imbutido nesse enigmático dom de viver

3 S

Se antes havia um coração valente,
acelerado e inconsequente batendo,
Hoje pouco sobrou.
São apenas fragmentos,
perguntas sem respostas.
Amargura aonde havia doce mel.
Pouco tempo sozinho e se perdeu.
Na lua há sombra de um lado:
a parte que te cabia do hemisfério.
No peito falta paz e sobra dor, voraz.
Promessas foram perdidas por aí...
No meio do caminho ficaram;
Inúmeros pés as pisaram...
Talvez voltasse atrás, talvez cedesse.
Mas o destino quis assim,
Sutil, silencioso e só.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A tarde




A chuva brilhando no asfalto,
as luzes dos carro que passam,
a tarde: promessa de sonhos.
As horas passando num salto.

A chuva brilhando nos vidros,
os vidros refletem meu rosto,
o gosto de vinho na boca,
pingando no rosto iludido.

Mas, hoje seremos amigas
depois nunca mais nos veremos,
talvez, bem talvez relembremos,
findemos talvez inimigas.

E queimam brilhando as estrelas,
disputam suas luzes com carros,
os postes juntando besouros,
talvez fume eu só um cigarro...

A chuva brilhando na grama,
memórias voltando infelizes,
brilhando tão verdes, não vedes?
Que somos agora as felizes!